6 de fev. de 2009

Os difusores na F1, em evidência

Até o primeiro Gp da temporada, o da Austrália, dia 29 de Março, muitas equipes apresentarão mudanças em seus bólidos e com isso, muitas reclamações também surgirão.

A Ferrari foi a primeira a enfrentar a "fúria" de algumas equipes ao ver que seu escapamento poderia estar fora do regulamento.

A equipe de Maranello não demorou muito e logo trocou o que seria o motivo das reclamações.

O que estava até agora "no ar", eram os difusores da Williams e da Toyota. Digo "eram" porque a FIA, entenda-se Max Mosley, anunciou que até agora não viu nada de ilegal nos interessantes projetos das duas equipes.

Como explicamos nesse post, os difusores esse ano serão mais largos, altos e estarão ainda mais para trás.

Difusor do MP4/24 - ao pé da letra

O que acontece é que Williams e Toyota, ao margem do regulamento, inovaram em seus difusores e algumas equipes reclamaram de uma possível ilegalidade.

Porém, na própria página oficial da F1, esses difusores foram bem elogiados.

No site da Autosport.com, eles fizeram uma análise bem legal sobre os dois tipos de difusores e, baseando-nos nesse artigo, vamos tentar entender um pouco mais sobre eles e o porquê das reclamações, ok?

Difusor TF109 - Inovaçao

Pra quem não sabe, os difusores tem a missão de aproveitar o ar que passa por baixo do carro, "pregar" a traseira no chão e melhorar a aderência.

Os difusores esse ano terão que estar a 175 mm do chão, em seu ponto máximo.

As duas equipes criaram um difusor de "dois andares", ou seja, de duas partes e, segundo as normas da FIA, a interpretação pode ser ambígua, já que não diz que não possa haver outras partes.

Na foto temos um exemplo, onde o principal difusor - que está em amarelo - é longo, largo e alto.

A linha vermelha marca o limite de altura do difusor estipulado pela FIA, porém, o que as equipes - Williams e Toyota - fizeram foi se aproveitar de uma norma da FIA que diz que a carroceria pode estar de 200 mm a 750 mm acima do plano de referência - o que significa 25 mm a mais de altura do difusor. É aí que entra essa segunda peça(em verde) .

A parte central do difusor é onde as equipes aplicaram suas inovaçoes.

Com essa mudança o carro ganha 10% mais de espaço para saída de ar e quanto maior o difusor, maior carga aerodinâmica.

A Toyota, inclusive, introduciu uma "área extra", na parte central do difusor(em azul).


Aproveitando-se novamente da ambiguidade do regulamento, a área central do difusor foi rebaixada e, com a introdução da "área extra" o carro consegue maior downforce.

A FIA até agora não viu irregularidades, já que tudo depende da leitura que se faça do regulamento.

As equipes poderão apresentar uma reclamação formal apenas na semana do Gp da Austrália, ou poderão simplesmente usar a "velha usança" da Fórmula 1: Copiar...o que seria mais difícil dado o pouco tempo para testes.

A Renault estreará difusor essa semana em Jerez de la Frontera e segundo a Autosport, uma outra equipe terá um difusor diferente do habitual.

3 comentários:

Bom dia, o seu blog é muito bom!
esta afim de fazer parceria, trocar de links?
eu fiz uma parte no meu blog.
blogs da velocidade.

abraços
léokope

É por isso que eu acredito que se a F1 quiser realmente reduzir os custos ela deve parar de alterar o regulamento por uns 10 anos, pelo menos...

Não tem motivo de alguém investir muito dinheiro para reduzir o peso do motor em 1 Kg... Mas a equipe gasta 300 milhões de "doletos" para desenvolver o melhor KERS...

Isso é igual biologia, uma pressão de seleção faz com que os melhores se destaquem... Na F1, a mudança no regulamento provoca a disparidade entre as equipes...

Se parassem de alterar o regulamento as equipes vão se copiando e com o tempo a evolução diminui a tal ponto que o custo se reduz e as equipes se nivelam (por cima)...

Cara..., o regulamento muda sempre pra tentar equiparar as equipes que tão sempre la atras com as equipes de ponta que tem muito mais dinheiro e possuem os melhores desenvolvedores. Deixar que a coisa se equipare naturalmente seria impossível pois a evolução tecnológica não para nunca. Sendo assim, mudam-se as regras para tentar se estabelecer uma maior pariedade.

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