A entrevista é do
Scuderia Ferrari f1 Forum. Não tão recente mas ainda está em tempo de ser lida e analisada.
Aldo Costa, Chefe de Desenho e desenvolvimento da Ferrari na Fórmula1, nos desvela alguns detalhes do por que o F60 não foi tão competitivo e por que devemos crer que o F61 será.
Confira trechos da entrevista:
Por que o F60 não foi competitivo, ou pelo menos competitivo o suficiente para brigar pelo título?Por 4 razoes. Não tínhamos o difusor duplo que tanto problema parecia dar e que ao final beneficiou algumas equipes, pelo menos no início do campeonato.
Logo está o fato de que nós, assim como Mclaren e BMW, não dedicamos o tempo suficiente para o desenvolvimento do carro novo. Esse foi um preço que tivemos que pagar por lutar pelo campeonato até o final.
Uma vez mais tivemos problemas de confiabilidade no começo da temporada e por último também cometemos erros de equipe, erros de pilotagem, erros em geral.
O que muda agora para evitar que ocorra o mesmo em 2010?Repito o que disse em outras palavras: nossa interpretação da nova normativa não foi tão radical como a de outros. Inclusive aqueles que não tiveram o difusor duplo, como Red Bull, eram muito mais temerários que nós sobre sua interpretação do regulamento.
Ross Brawn afirma que é cada vez mais difícil lutar pelo título por 2 anos consecutivos...É o risco que trás as mudanças revolucionárias do regulamento. Mas se o desenvolvimento dos carros atuais podem ser transferidos aos carros do próximo ano, então pode não ser tão difícil.
E que tal para 2010?Existe uma série de mudanças importantes mais uma vez. O tanque é muito maior devido à proibição do reabastecimento, somado às novas rodas dianteiras que serão 25mm mais estreitas terão muita importância no agarre aerodinâmico. Os carros serão de 3 a 4 segundos mais lentos no início das corridas, entre outras coisas pela carga de gasolina.
Em quanto ao desenho do carro, o que está mudando neste sentido?O que estamos buscando é uma maior criatividade aerodinâmica em termos de inovações e conceitos. Tomando isso como base, estamos reorganizando nosso pessoal. Menos pessoal e gastos e maior qualidade e rendimento. O caminho que escolhemos troca peões por um pessoal mais técnico, com ideias novas, mais criativos. A Fórmula1 deve seguir esse caminho.
A troca de pilotos faz com que o trabalho seja mais lento?Esse ano tivemos problemas de resultados. E no futuro faremos o que tivermos que fazer, seja quem seja o piloto. Não será um problema.